Finalmente saiu do forno este folheto que traz uma história Que atravessa os séculos e que marca tanto o imaginário popular, especialmente do povo maranhense. Espero que possam apreciar.
Finalmente saiu do forno este folheto que traz uma história Que atravessa os séculos e que marca tanto o imaginário popular, especialmente do povo maranhense. Espero que possam apreciar.
Neste 7 de setembro de 2023, manifesto minhas dúvidas sobre a data, publico o poema "7 de Setembro de 1822, a Independência, aconteceu?", publicado no livro "A independência do Brasil em cordel, 200 anos de fatos que marcaram a história", 2023, organização de Fernando Assumpção/Associação de Amigos da Literatura de Cordel - AMO CORDEL. - uma releitura sob a ótica de poetas/isas populares.
À CORA, CORALINA e todas as mulheres poetisas e cordelistas – toda a beleza lírica de Cora Coralina fica evidente no poema A PROCURA.
Autoras:
Rosário Pinto e Dalinha Catunda
Venha para o
nosso Encontro
De Poetas Populares
Em sua quarta edição
Traz poesia e cantares
Do Cordel e do Repente
E de Tendência atraente
De alegria pelos ares.
RP
É em vinte e oito de julho
Que começa a animação
Na Arena Fernando Torres
Tem Cordel, tem tradição,
Tem canto, tem brincadeira,
No espaço de Madureira,
E Oficinas em ação.
DC
Chame todos os amigos!
Os que admiram o cordel.
Vamos nos fortalecer.
Fazer tal qual menestrel,
Para aqui valorizar,
A cultura popular,
Viajar neste corcel
RP
Até trinta e um de julho,
Você pode apreciar,
O Canto de Repentista
E quem veio pra falar,
Sobre Arte, sobre Cultura.
E o Cordel literatura,
Vai ter palco pra brilhar.
DC
Cordel é Cultura viva!
Patrimônio Cultural.
Temos que salvaguardar.
É literatura Oral.
Poeta é Detentor,
Registro tem seu valor.
É Bem Imaterial
RP
Este é o 4º Encontro.
Você não pode faltar,
De Poetas Populares
Que veio para ficar.
Na verdade, um Festival!
E vai ser sensacional,
Você pode acreditar!
DC
Os versos desta programação do 4º Encontro de poetas populares + Tendências são compostos em setilhas (sete pés ou linhas, com sete sílabas métricas, no esquema de rimas do 2º com o 4º e o 7º; e, o 5º e 6º entre si).
E no dia 30 de julho estaremos Miguel Bezerra, Dalinha Catunda e Rosário Pinto, num Bate Papo, que você não pode perder.
Esperamos todos lá, Arena Fernando Torres, Parque de Madureira, Rio de Janeiro, RJ
No país do esculacho!
1
Caros amigos, leitores!
Olhem só que confusão,
Em que suruba danada
Foram meter o povão.
Parece coisa do demo
Tamanha
complicação.
2
Os governos revoltam
Com sua democracia,
Que na miséria do povo,
É pura demagogia.
Parecendo até cinismo,
Falar em cidadania.
3
Dizem sempre: Eu não
sabia!
E eu não fui um
presepeiro.
Mas, se tem “farinha pouca,
Quero meu pirão primeiro!”
O povo vai se ajeitando,
Talvez saia do atoleiro.
4
E
as tais privatizações,
E
com o Estado falido,
E
vendendo o patrimônio.
O
povo vive aturdido.
Sem
saber pra onde correr,
Vivendo
sempre oprimido.
5
Vamos voltar para o tempo
Com a luz de lampião.
E que afeta nossa vista,
Estraga nosso pulmão.
Tudo como consequência.
Da tal privatização.
6
E no ponto em que chegamos,
Não existe “data vênia!”,
Pois, salvo melhor juízo,
Na cozinha eu uso lenha.
Cada qual faz o que pode,
Da forma que lhe convenha.
7
Para
cumprir a medida,
Inventaram
uma meta.
No
consumo lá de casa,
Parece
coisa incorreta.
E
bisbilhotando a vida,
De
quem anda em linha reta.
8
Até o nosso São Pedro
Recebeu sua incumbência:
Providenciar que chova,
Pela divina clemência!
Assim ficou de plantão,
Sem perder a paciência.
9
Ah! Que saudades que tenho
Dos tempos que já se vão.
Toda chuva que caía,
Anunciava o trovão.
Nosso querido São Pedro,
Nem pensava em apagão.
10
Há governantes que olham
Pra saúde do povão.
Mas aqui é diferente
Pois o nosso cidadão
Só é bem visto e lembrado,
Quando chega uma eleição.
11
E sofrendo as ameaças,
Com a saúde abalada.
As famílias constrangidas,
E com a vida isolada,
Aguardam pela vacina,
Para sair desta enrascada.
.
12
Não se pode ouvir o rádio,
Na corrente é ligado.
Televisão, nem pensar,
O lazer foi controlado.
A gente tem que ficar
No escuro e abafado.
13
E não consigo entender
A tal globalização.
O mundo todo alinhado.
O Brasil na contramão.
Se isto é globalizar...
Fora, a globalização!
14
E veja, as nossas riquezas
São pelo mundo, empenhadas.
Nossas maiores empresas,
Já foram arrematadas,
Em leilões
constrangedores,
No país, espoliadas.
15
Sem ter a quem reclamar,
Paga conta exorbitante.
Liga para a Ouvidoria,
Com ouvidos de mercante.
Cansado, o povo desiste,
Do sonho de reclamante.
16
O distante dirigente,
Quando chega a eleição,
Beija o povo ardentemente.
Chega perto da nação.
Foge dela quando vem
O final da votação.
17
O Brasil é sempre jovem,
Como país do futuro.
Vamos chegar à velhice,
Em regime muito duro.
Nossas crianças vivendo
Neste universo obscuro.
18
Até mesmo o futebol,
Já está prejudicado
Com os estádios vazios.
Está tudo controlado.
Para se ganhar a Copa,
O sonho ficou adiado.
19
Do jeito que a vida anda,
Com as coisas escrachadas,
Nossa seleção não ganha,
Nem dos times de peladas.
Só falta agora perder,
As Copas já conquistadas.
20
Nosso país hoje vive
A grande guerra civil.
A violência parece
Ser de pólvora um barril.
A continuar assim,
Morrerão de mil em mil.
21
Os
jornais televisivos,
Só
trazem a violência.
E
não é simples opção.
É
somente a consequência,
Do
descaso com o povo
E
da falta de decência.
22
O povo passando fome,
Sua a barriga vazia.
E já perdeu as esperanças
E também a fantasia.
Pagando pelos enganos,
Com erros em demasia.
23
Mesmo
assim, ainda acredito,
Num
pais mais limpo e justo.
Sem
fome, sem corrupção.
Vivendo
longe do susto.
Numa
vida igualitária.
Que
desconheça o injusto.
24
Sem censuras às leituras
E numa discussão igual.
E governos que assumam:
Educação é vital.
Varrer toda a ignorância.
Isto é fundamental!
25
Pelo que a história nos diz,
Pelo tanto que vivemos,
Não queremos repetir,
Tantos erros que tivemos.
Dias de medo e de dor.
Vivendo sempre em extremos.
26
Quem tem o dom de poeta,
Rimando sente alegria.
O cordel é uma luz,
Que a todos “alumia”.
E não existe apagão
Que apague a poesia.
27
Meu
nome? Rosário Pinto.
Fiz
questão de ressaltar
As
amarguras do povo,
Em
momento singular.
Deus!
ilumine o poder
Nestes
tempos de amargar.
Maria
Rosário Pinto
FIM
2021