Sorriso largo...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

MULHERES CANTANDO O QUADRÃO À BEIRA-MAR


Texto: Dalinha Catunda
(imagem da internet)

Cordel de Saia, por meio de suas gestoras Dalinha Catunda e Rosário Pinto vem desenvolve estudos para localizar quem são essas mulheres POETAS/POETIZAS & CATADORAS/CANTADEIRAS!

MULHERES CANTANDO
O QUADRÃO À BEIRA-MAR

1-Dalinha Catunda
O sol empalidecendo
Ondas subindo e descendo
Nossa paixão acendendo
E o barco a sacolejar.
No balanço do veleiro
Um amor aventureiro
Vivi com meu timoneiro
No quadrão à beira-mar.

“ Beira mar, beira mar,
O quadrão só é bonito
Quando é feito a beira mar
*
2-Rosário Pinto
Lá no Planalto Central
Em Brasília a capital
Numa noite magistral
A lua a desmaiar
Uma paixão, de repente
Na vida se fez presente
Na cidade reluzente
No quadrão à beira-mar

“ Beira mar, beira mar,
O quadrão só é bonito
Quando é feito a beira mar
*

A MULHER EM TRÊS TEMPOS NO CORDEL

1º - a mulher teve grande importância no ofício de repassar a cultura popular. Foi mestre emdifundir suas tradições, contando histórias, lendas, causos, cantando cantigas de ninar, fazendo advinhas, cantando cantigas de roda, repassando as superstições, pois tudo isso é parte da andante cultura oral. O cordel parente próximo do repente não ficou de fora, era lido contado ou cantado, também, por mulheres. E era assim as pessoas tempos atrás, se reuniam em alpendres terreiros e calçadas;
2º - a mulher foi tema dos folhetos nas mais diversas formas: a musa, louvada por seus poetas, escrachada por outros, conforme o olhar de cada bardo sobre a figura feminina; e,
3º - finalmente, chegou a vez da mulher marcar espaço como poetiza e, ocupar seu lugar ao lado do homem de igual para igual. Não, apostando numa competição, e sim numa parceria. E assim, aconteceu. A mulher hoje escreve cordel, ocupa as academias de literatura popular, onde antes era apenas um clube do bolinha, enfim, a mulher ganhou voz e começa a ser respeitada como poeta cordelista.
Mais uma vez, consegue reunir, aglomerar, não em alpendres, calçadas e terreiros, na debulha do feijão, mas num espaço mais amplo, a internet! Onde navega com garra desbravando novos caminhos e fincando sua bandeira.
Estas mulheres, que juntei para cantar um QUADRÃO A BEIRA MAR, todas engajadas e comprometidas em escrever literatura de cordel e explorar novos espaços, inclusive os das mídias contemporâneas.
*
Dalinha Catunda/ABLC e /AILCA(*1)
Rosário Pinto/ABLC
Creusa Meira/Bancária
Nizete Alencar/ACC (*2)
Williana Brito/ACC
Francy Freire/professora
Josenir Lacerda/ABLC e /ACC
Anilda Figueirêdo/ACC
Bastinha Job/ACC
*
Hoje, nos reunimos através da internet. Se não nos cabe fazer o repente ao vivo, como manda o figurino, é porque somos cordelistas e não repentista, fazermos sim, nosso repente virtual, nossa peleja virtual, utilizando modalidades do repente tradicional.
*
Entre nessa roda e traga sua contribuição de mulher envolvida e dinãmica. Deixe AQUI seu recado em verso.


Texto: Dalinha Catunda
(*1)*AcademIa Ipuense de Letras Ciências e Artes
(*2)Academia dos Cordelistas do Crato
Para conhecer as demais poetas/poetizas que entraram nessa RODA.


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