Sorriso largo...

sexta-feira, 5 de março de 2010

O folheto de cordel: suas formas e seus conteúdos

A literatura de cordel é, hoje, objeto de pesquisa, tendo despertado o interesse de pesquisadores e editores especializados. O folheto de cordel, fonte de informação e entretenimento apresenta a sua elaboração três aspectos, que compõem a peça gráfica: capa, miolo; e, contracapa. O miolo concentra os conteúdos - em que o poeta realiza sua produção poética. As composições são elaboradas sob várias modalidades de composições coerentes entre si: o verso, o tema, a oração e o ritmo. Até final do século passado, os folhetos eram, em sua maioria, impressos em pequenas tipografias e vendidos em feiras populares ou praças públicas. Até hoje, a figura do cantador destaca-se neste universo emprestando sua voz para a divulgação e venda de folhetos. São também os responsáveis pelas cantoria e desafios.

Peça gráfica
A apresentação gráfica do folheto de cordel contém informações de autoria, título e direitos de propriedade ou editora/tipografia. Os aspectos físicos do folheto de cordel são:

Capa
— apresenta-se com ilustrações em desenhos, clichês, policromias e xilogravuras. É na capa que encontramos o título do folheto e a autoria. Franklin Maxado Nordestino em O cordel do cardel, 1982, referindo-se às capas de folhetos nos diz:
“ (...)
Muitos são os gravadores,
Fazendo xilogravuras
Que ilustram suas capas
E páginas com figuras,
Trabalhando em madeiras.
Sejam moles ou bem duras”

Miolo — A literatura de cordel realiza-se sob formas de composição e conteúdos coerentes entre si sendo os abecês, de 8 páginas; contos e cantorias de 8 a 16 páginas; e, romances, de 32 ou 48 páginas.

Conteúdo
- O poeta de cordel é um observador do mundo, do meio social em que vive e, assim, distribui suas observações em versos, por meio de grandes temas da literatura de cordel, o trecho poético, de Franklin Maxado Nordestino, em O cordel do cordel, 1982, aponta para alguns dos temas mais recorrentes:

“(...)
O cordel tem seus folhetos
Que também são biográficos.
Têm os que descrevem exemplo,
Mas também os pornográficos,
E têm os que dão notícias,
Parecendo jornais gráficos.

Tem os romances de bichos
Misteriosos, mandingueiros,
Que falam, cantam, casam.
Tem os heróis milagreiros,
Mágicos, cômicos, históricos,
Irônicos ou macumbeiros.

Os de pelejas são célebres
Como a de Zé Pretinho,
Cego Aderaldo, Bandeira,
Fabião e Passarinho,
Ana Roxinha, Milanês,
Riachão e Canhotinho.”

Abecê – forma de composição em que o poeta de cordel inicia as estrofes de seu poema seguindo a seqüência de letras do alfabeto - (A) a (Z). É composto em sextilhas (estrofes de seis versos) ou setilhas, (estrofes de sete versos) e aplica-se a qualquer tema conforme ilustração do poeta Franklin Maxado Nordestino em O cordel do cordel, 1982.
“(...)
No Brasil ele ficou
Chamado de abecê
Ou de folheto de feira.
Você pode isso ler.
E ficou mais no Nordeste
Com seu povo a sofrer.”

Biografia — folhetos que relatam a biografia de grandes personalidades, seja da história, da filosofia, do mundo político, intelectual, artístico, religioso, etc. São inúmeros os folhetos que tratam da vida e obra de políticos como Getúlio Vargas; filósofos, como Platão; religiosos como Frei Damião, Padre Cícero e sobre a vida de Papas de todas as épocas.

Cangaço — folhetos que relatam as lutas travadas por grupos de cangaceiros. São conhecidos como folhetos do Ciclo do cangaço. Apolônio Alves dos Santos nos fala do cangaço no folheto Façanhas de Lampião, [19--].
"(...)
Quem conheceu a história
do cangaço do sertão
conta detalhadamente
a vida de Lampião
foi com este que obtive
esta real descrição.

Como ainda tenho lances
arquivados na memória
já porque outros poetas
não chegaram ter a glória
de contar nem a metade
deste sua longa história.”

Cantoria, Desafio e Peleja— a arte de cantar a poesia, por meio de desafio entre dois cantadores. As cantorias ou pelejas são sempre iniciadas e terminadas por sextilhas e apresentam-se sob várias modalidades como as sextilhas de cantoria, galopes, martelos, mourões; dentre outros. Encontramos também as pelejas em que o cantador narra desafios guardados na memória, como nos evidencia Manoel Messias em Peleja de Manoel Messias com Francisco Carolino, [19--]:

“Vou traduzir da lembrança
com otimismo e bom tino
uma peleja que tive
com Francisco Carolino
cantador muito afamado
lá no torrão nordestino.”

O folheto Peleja de Manoel Camilo com Antonio Correia [19--], de autoria do próprio Manoel Camilo dos Santos mostra a variedade de temas percorridos pelos poetas e cantadores.

“Muita gente já conhece
Quem é Antonio Correia
Um cantador conhecido
Da capital à aldeia
A quem se pode chamar
Um vate de musa cheia.

Porque Antonio Correia
Tem ciência e elemento,
Conhece bem a Botânica
E canta com fundamento
Geografia e Lunário
Novo e velho Testamento.”

Educação — folhetos que abordam temas educativos é cada vez mais freqüentes, especialmente, em momentos de grandes campanhas de educação: saúde pública, preservação do meio ambiente, (enchentes, queimadas e secas). O poeta Manoel Santa Maria em seu folheto Defenda-se contra o cólera, 1992, oferece sua colaboração na divulgação das políticas de saúde pública.

“Não vou lhes brindar com nada
Artístico no momento.
Serei breve e objetivo
Para lograr meu intento.
Minha função é didática,
No Cordel que ora apresento.

Em Grego, no masculino,
Era “o cólera”, mas não
Sou filósofo pra entrar
No âmago dessa questão.
Sou apenas cordelista
De alma, corpo e coração!

Segundo as autoridades
Sanitárias eis aqui
Os cuidados a tomar.
Pesquisei e converti
Em versos simples, diretos,
Neste Cordel que escrevi.

É uma infecção aguda,
Contagiosa, causada
Pelo Vibrião Colérico,
E que se não for tratada
Com a urgência devida
Decreta o fim da fornada!”

E o poeta segue sua jornada esclarecedora sobre as medidas a serem tomadas para evitar a contaminação, finalizando com a estrofe:
“(...)
Finalizando, eu espero
Que este folheto lhe ajude
Contra o cólera, porém
A higiênica atitude
É sua melhor defesa,
Tratando-se de saúde!”

Lenda — As lendas brasileiras constituem tema dos mais recorrentes na literatura de cordel, como nos mostra o poeta Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, nos folhetos Lenda da Vitória Régia, 1997; Lenda do Caipora, [19--]; e, Lenda do Saci Pererê, [19--], dentre tantos outros:
“(...)
Quem conhece um Saci
conservará na lembrança
um moleque brincalhão,
peralta que não se cansa
ou seja: um gênio lendário
com espírito de criança.

Notícia — folhetos que tratam de notícias de interesse público, fatos de grande repercussão no
mundo, como: chegada do homem à lua, escândalos políticos e sociais, tragédias (World Trade Center), desastres aéreos, ferroviários, rodoviários fluviais ou marítimos, crimes, guerras, etc. O folheto, nos seus primórdios, supria a carência de veículos de comunicação como jornais, revistas, rádios e televisão. Este importante papel é reforçado nos versos de Mestre Azulão, em O que é literatura de cordel?, [19--], em que esclarece o valor do cordel como fonte de informação e notícia:
“(...)
Esta cultura tem dado
Informação e ensinos
As escolas do nordeste
Para adultos e meninos
Servindo como jornais
Que levam das capitais
Para os sertões nordestinos”

E segue ressaltando o valor e a credibilidade das informações contidas nos folhetos de cordel e
divulgadas em feiras e praças públicas pelos poetas e cantadores:
“(...)
Repentista e cordelistas,
São conhecidos demais
Seus repentes e cordéis
São verdadeiros jornais
Que levam pra todas feiras
As notícias brasileiras
E internacionais.

Confiam mais no poetas
Porque são muitos fiéis
Desconfiam dos jornais
Que mentem nos seus papéis
Dizendo em praças e feiras
Que notícias verdadeiras
São aquelas dos cordéis.”

Romance — O termo remete para o Romanceiro popular brasileiro, aos romances e folhetos orais e escritos, cantados ou recitados, cuja estrutura herdada da Europa adaptou-se aos temas e vozes nordestinas, que tratam de grandes narrativas de guerras, viagens ou conquistas marítimas, feitos heróicos e de aventura. São fragmentos das epopéias medievais conservados na memória do povo e transmitidos pela tradição oral.

O primeiro verso de um romance é sempre marcado por um apelo às musas inspiradoras, observe o verso de Severino Borges da Silva, em Ali-Babá e os 40 ladrões, [19--]: “Dai-me musa dos poetas”; à inspiração divina, em Amor de mãe, de Severino Borges da Silva, [19--]: “Já que Deus dá a ciência”; à atenção dos leitores em A cigana feiticeira, [19--], de Caetano Cosme da Silva: “Neste livro, o bom leitor”; ou mesmo, uma afirmativa contundente, como no verso de Cícero Vieira da Silva em Um amor supliciado nas grades da dentenção, 1958: “O amor quando penetra.

1 (*) NOGUEIRA, Maria Aparecida Lopes. O cabreiro tresmalhado: Ariano Suassuna e a universalidade da cultura. São Paulo : Palas Athena, 2002

Edição, distribuição e venda

Os primeiros folhetos foram manuscritos passando, posteriormente para textos impressos em tipografias tradicionais, localizadas, principalmente, no Nordeste. O papel mais usado, nos primórdios da produção de folhetos, era o manilha, de baixo custo e boa aderência à tinta tipográfica. Destacaram-se editores como João Martins de Athayde, natural de de Cachoeira de Cebolas (hoje denominada Itaituba, município de Ingá do Bacamarte, PB; José Bernardo da Silva; e João José da Silva, dentre tanto outros. Com a atividade editorial destes poetas e editores criou-se uma vasta rede de distribuidores de folhetos por todo o país. Franklin Maxado Nordestino, em O cordel do cordel, 1982, informa sobre os primeiros editores:
“(...)
Seus poetas são também
Editores e vendedores.
Saem lendo e cantando,
Procurando os leitores
Que gostam das novidades
E versos de mil amores.”

Athayde foi o maior editor de folhetos de cordel de todos os tempos, tendo inciado suas atividades de poeta-editor em 1909, influenciado pelo mestre Leandro Gomes de Barros. Em 1921 comprou os direitos autoriais do velho poeta, falecido em 1918 e, tornou-se, durante mais de 20 anos, detentor exclusivo dos maiores clássicos da literatura de cordel, tendo vendido seu acervo (a obra de Leandro, a sua e de outros poetas ao alagoano José Bernardo da Silva, em 1949. No folheto História da literatura de cordel, José Antônio dos Santos o define:

“João Martins de Atahyde
Quando Leandro morreu
De sua esposa comprou
Parte do acervo seu
Dos direitos autorais
Fez o que bem entendeu”

José Bernardo da Silva, alagoano, vendedor ambulante chega a Juazeiro do Norte, CE, em 1920 e, decide comercializar alguns folhetos de cordel, nas feiras da região. O sucesso da inciativa o leva a tornar-se impressor; e, posteriormente, um dos maiores editores do Nordeste, funda a Tipografia São Francisco. Inicia, assim, sua vida de tipófrafo e poeta. Se auto-define nos versos:

“ Não sou poeta vos digo
Mas com rimas arranjo o pão
Sou bom na composição.
O meu saber se irradia,
Conheço com perfeição.
Agradeço esta opulência
À Divina Providência
E ao Padre Cícero Romão”

João José da Silva, poeta pernambuco, proprietário de uma das maiores folhetarias da década de 50, a Luzeiro do Norte, em Recife, também iniciou-se na poesia de cordel como revendedor/distribuidor, como nos mostra o poeta Delarme Monteiro da Silva no folheto Cordel, repente e canção, [19--]:
“(...)
Certo dia em meu balcão
Surgiu um tal João José
Numa roupinha “sambada”
Tamanco velho no pé
Perguntou pro meu irmão
O seu Delarme, quem é ?

Então eu me aproximei
A ele fui atender
João José me perguntou
- O senhor pode dizer
Se aqui vende folheto
Para a gente revender

Hoje, com a modernização dos recursos gráficos são poucas as tipografias tradicionais; ampliam-se as editoras dedicadas a este tipo de publicação, preparando seus originais em computadores e realizando impressões em modernas máquinas gráficas A literatura de cordel também está presente na internet, como tema, assunto de pesquisa, ou através de poemas publicados por cordelistas que dela se utilizam para veicular seus folhetos. Vale citar o folheto A internet no reino da rapadura, [20--], do poeta João Batista Melo, nos versos que seguem:

“Certo dia eu tava em casa
na minha vida informal
lutando no dia-a-dia
neste momento global
quando ouvi alguém gritar:
Ô poeta venha cá...
chegue aqui no meu quintal...”

Era a vizinha do lado
de nome dona Gildete
mãe de oito “capetinhas”
desses de pintar o sete
que queria porque queria
que eu fizesse em poesia
algo sobre a INTERNET

Me propus então versar
essa jovem genial
que está mudando o mundo
de forma fenomenal
criando Elo e cadeia
tornando tudo uma aldeia
neste contexto global

(...)
Para muitos ela é visagem
espírito da Caipora
a Sereia dos novos tempos
pelos espaços afora
que em fração de segundo
consegue dá volta ao mundo
com a notícia na hora

Dispondo do seu trabalho
se tem o mundo à mão
se “navega” à vontade
sem medos de colisão
só com um teclar de dedos
o mundo perde segredos
e se ganha informação.”

Contracapa — também conhecida como “página editorial” – é a página em que o poeta registra
sua biografia, editores, patrocinadores e distribuidores. Podemos encontrar também, orações, mensagens, horóscopos da astrologia popular, propaganda política, notícias de organizações poéticas, etc.

Bibliografia

Tesauro de Folclore e Cultura Popular Brasileira. Disponível em: www.cnfcp.gov.br
SANTOS, José João dos (Mestre Azulão). O que é literatura de cordel? Japeri, RJ : [s.n., 200-].
BARROS, Leandro Gomes de. Peleja de Riachão com o diabo. Fortaleza : Editora Tupynanquim, 2001.
_____. O cachorro dos mortos. São Paulo : Prelúdio, [19--]. 32 p.
_____. Os sofrimentos de Alzira. São Paulo : Luzeiro, [19--]. 32 p.
MELO, João Batista. A internet no reino da rapadura. Niterói : [s.n.,19--].
MESSIAS, Manoel Messias. Peleja de Manoel Messias com Francisco Carolino :Juazeiro do Norte : Tip. São Francisco, [19--].
NORDESTINO, Franklin Maxado. O cordel do cordel. São Paulo: [s.n.], 1982.
_____. O cordel televivo, futuro, presente e passado da literatura de cordel. Rio de Janeiro: Codecri, 1984.
SANTAMARIA, Manoel. Defenda-se contra o cólera. Araruama: [s.n.], 1992.
SANTOS, Manoel Camilo dos. Peleja de Manoel Camilo com Antonio Correia. Campina Grande Ed. Prop. Manoel Camilo dos Santos : A Estrela da Poesia, 1958
SILVA, Delarme Monteiro da. Nordeste, cordel, repente, canção. Bezerros, PE: Ed. Prop. J. Borges, [19--].
SILVA, Gonçalo Ferreira da. Lenda do Saci Pererê. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Literatura de Cordel, [200-].
_____. Lenda do Caipora. Guarabira : Tipografia Pontes, [19--].
_____. Lenda da Vitória Régia. Guarabira : Tipografia Pontes, [19--].
LIMA, Viana, Arievaldo; VIANA, Klévisson, e, Zé Maria de Fortaleza. A didática do cordel. Fortaleza : Editora Tupynanquim, 2005.
SANTOS, Apolônio Alves dos. Façanhas de Lampião. Rio de Janeiro : Ed. Prop. Apolônio Alves dos Santos, [19--].
SILVA, Severino Borges da.Ali-Babá e os 40 ladrões. Recife : Ed Prop. João José da Silva, Luzeiro Norte, [19--].
SILVA, Severino Borges da. Amor de mãe. São Paulo : Luzeiro, [19--].
SILVA, Cosme da Silva.A cigana feiticeira. Recife. Ed. Prop. João José da Silva : Luzeiro do Norte, [19--].
SILVA, Cícero Vieira da. O amor nas grades da detenção. Campina Grande : Ed. Prop. Manoel Camilo dos Sanatos : Tipografia Santos, 1958.
NOGUEIRA, Maria Aparecida Lopes. O cabreiro tresmalhado: Ariano Suassuna e a universalidade da cultura. São Paulo : Palas Athena, 2002.

Maria Rosário Pinto
Biblioteca Amadeu Amaral
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/IPHAN/MinC
www.cnfcp.gov.br
rosario.folclore@iphan.gov.br
Academia Brasileira de Literatura de Cordel
www.ablc.com.br
ablc@ablc.com.br
Membro titular da cadeira nº 18 patronímica de José Bernardo da Silva

3 comentários:

  1. Olá Rosário,
    Passei aqui para lhe desejar um bom final de semana.
    E dizer que este seu texto é de grande valia para nós cordelistas.
    Um abraço sua parceira,
    Dalinha Catunda

    ResponderExcluir
  2. OI, Rosário! Parabéns pela grandeza do seu trabalho com a Literatura de cordel. Muito obrigada pela visita ao meu blog. Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  3. Estes meus singelos versos
    Têm a função de dizer
    Desaforo de protesto
    Mas sem nada a temer
    É certo que a verdade
    Sempre vai prevalecer.

    Se eu calar minha voz
    Quando é preciso gritar
    De ver tanta injustiça
    Neste mundo triunfar;
    Fico qual um passarinho
    Que não consegue voar.

    Ah! Se eu pudesse valer
    O pensamento fecundo
    Usaria dessa astúcia
    E sem perder um segundo
    Dava um fim à ganância
    Semeando paz no mundo.

    De tanto ver prosperar
    A má e horrenda guerra,
    Gente ganhando dinheiro
    Na destruição da terra
    É nessa lei do mais forte
    Que o mais fraco se ferra

    O pobre caminha a pé
    Em busca d’uma porção
    No entanto o rico vai
    De Ferrari ou de Avião
    E sua riqueza cresce
    Como fermento no pão.

    Por uma justa equação
    Vou lutar sem desistir
    Quero refazer a conta
    Nesta forma de adir:
    Rico tem belo futuro
    O pobre um mau porvir.

    E para não explodir
    É preciso me conter
    Para não extrapolar
    Os limites do meu ser
    Confesso! É doloroso
    Mas não vou desvanecer.

    Vou terminar estes versos
    Depois deste parecer:
    Quem fizer a coisa certa
    Não vai se arrepender
    A bondade e a verdade
    Sempre vão prevalecer.

    ResponderExcluir

Deixe aqui seus comentários e visite também:
http://cordeldesaia.blogspot.com