Durante o mês do folclore
É sempre tempo de festa
Tem brinquedo e brincadeira
Mas também tem a seresta
Canções, rezas e benditos
Contos, parlendas e mitos
E de histórias da floresta.
*
Tem lenda de assombração
De menino malcriado
De príncipe e de princesa
De cangaceiro abusado
De camponês a roçar
De quadrilha pra dançar
De Lunga mal humorado.
*
Foi pelas mãos da parteira
Que a luz nos viu chegar
Todas mães confiavam
Nos saberes do lugar
Nas rezas de rezadeira
Isto não é brincadeira
É ciência popular.
*
Medicina popular
É nossa cultura oral
Tradição familiar
Este grande cabedal
Atravessa geração
É saber do coração
É da ciência informal.
*
A nossa literatura
Tem os versos bem marcados
O poeta de cordel
Deixa todos amarrados
O verso, a rima e a oração
Tudo em ritmo de canção
Martelos agalopados.
(Rosário Pinto)
(Rosário Pinto)
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