Sorriso largo...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Moreira de Acopiara - razão e sensibilidade

Li este poema no blog Mundo Cordel. Fiquei tão comovida que copiei. Obrigada amigos deste Mundo Cordel. O poeta Moreira de Acopiara deixa com seus versos um legado de sensibilidade de lucidez, coisa rara hoje em dia. 
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Poema de amigo
*
Eu não posso mostrar-lhe as soluções
Dos problemas que surgem em sua vida,
Mas vou sempre escutar seus argumentos
E pedir que ande de cabeça erguida,
Preservando a humildade, a gentileza,
Inventando um caminho, uma saída.

Eu não posso mudar o seu passado,

Nem prever as surpresas do futuro,
Mas prometo lutar no seu presente
Para que seu andar seja seguro,
O seu sono não seja tão pesado,
E o percurso tranquilo, ou menos duro.

Seus triunfos, seus êxitos... Não são meus,
Mas, se sei que você está feliz,
Eu me alegro também! Rejuvenesço
Revivendo esse bem que eu sempre quis.
Não sei muito. Sei pouco. Quase nada!
Mas, me ensine também! Sou aprendiz.

Eu não posso julgar as decisões
Que você precisar tomar com pressa,
Mas eu posso tentar servir de estímulo,
Porque sei que na vida se tropeça.
Posso ainda dizer: “Tente outra vez!”
E ser justo, sem que você me peça.

Eu não posso lhe impor nenhum limite,
Muito menos deter a sua ação;
Eu não posso evitar seu sofrimento
Quando alguém lhe partir o coração,
Mas eu posso tentar juntar os cacos
E apontar-lhe uma nova direção.

Eu não posso dizer quem você é,
Muito menos quem deveria ser;
Posso dar meu amor e meus cuidados,
Ser parceiro, ser firme, agradecer...
Ser amigo leal, ser tolerante,
E torcer pra ver você crescer.

Eu não posso querer ser o primeiro,
O segundo ou terceiro em sua lista.
Mas desejo dizer: “Sou seu amigo!”
E vibrar ao lembrar essa conquista,
Defender seus direitos e tentar
Não perder (nunca mais) você de vista.
Moreira de Acopiara
2011 
Foto: Moreira de Acopiara, retirada da internet
*
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Um comentário:

  1. Olá Rosário,
    Também li estes versos de Moreira de Acopiara no blog Mundo Cordel do nosso amigo Marcos Mairton e gostei muito.
    Parabéns ao Moreira pelo poema e a você pela postagem.
    Beijos,
    Dalinha

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